Esta bela chácara já possuía qualidades pontuais marcantes, como construções agradáveis, belas árvores e palmeiras, mas carecia da sensação de unidade e sua extensa área livre era composta praticamente por gramados apenas.

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O projeto propôs, justamente, a criação de uma nova “narrativa” nestas áreas livres que valorizasse e enriquecesse o vazio formado entre as edificações, na escala da pessoa. O principal objetivo foi criar uma linguagem espacial bastante clara, a fim de estruturar a paisagem, orientando o deslocamento e a apreensão visual daqueles que moram ou visitam o lugar. Para isso, fez-se uso de três estratégias principais.

Primeiramente, criou-se uma hierarquia de espaços, dando destaque e expandindo áreas de interesse maior (entornos do quiosque com cozinha externa) e depois qualificando pequenos pontos focais, como os vários nichos criados (estares, redário, deck mirante, arquibancada, horta, cascata) e outras áreas existentes que foram qualificadas.

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Em segundo lugar, buscou-se uma “costura” entre os espaços (livres e construídos) através de um circuito de percursos acessível, massas vegetais contínuas, linhas de árvores e muretas de pedra que cortam e demarcam o desnível do terreno.

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E, por fim, criou-se uma identidade visual forte, através do emprego de materiais rústicos e acolhedores, geometria dinâmica, plantas da região (70% de espécies nativas) e explorando o uso de espécies comestíveis também com a finalidade estética (como manjericão roxo, batata-doce, fisális, inhame e taioba).

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